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Lotes são vendidos em área irregular

publicado em 12 de abril de 2013

O microdistrito industrial de Vila Operária, localizado no começo da MT-130, que foi lançado na gestão passada como um fomentador do desenvolvimento dessa região da cidade, ainda está em uma situação irregular, impedindo a realização de qualquer tipo de investimento público no local. Mesmo sem a área estar regularizada, os lotes foram vendidos para pequenos empresários, que agora não podem iniciar as atividades por falta da infraestrutura básica. Vários empresários procuraram o vereador Thiago Silva para denunciar a difícil situação em que se encontram.
A administração anterior havia anunciado que o microdistrito industrial é composto por 147 lotes. Conforme Thiago Silva, mais de 100 lotes foram vendidos pela gestão passada. Ele atesta que vários empresários já pagaram 100% dos valores combinados, mas agora não podem começar as atividades porque a área não tem sequer energia elétrica ou água encanada. Algumas empresas já começaram a construir no microdistrito industrial. Os pequenos empresários procuraram o vereador para intermediar uma solução para o problema vivido por eles.
Thiago Silva vê a situação com preocupação, pois atesta que o problema tem impedido a geração de mais empregos e a arrecadação de mais impostos para o município. No mínimo, ele calcula que o distrito industrial de Vila Operária teria condições de gerar 400 empregos diretos. O vereador informou que procurou o novo procurador municipal (secretário) de Desenvolvimento de Novos Investimentos, Élio Rasia, que lhe explicou a necessidade de solucionar primeiramente os problemas existentes na documentação da área. “A gente vai continuar cobrando para levar estrutura para esse distrito e gerar empregos”, diz.
O pequeno empresário Francisco Leite comprou à vista um lote nessa área em 2012, com intuito de ter um espaço maior para sua serralheria. “Onde estou hoje é muito pequeno, não posso aumentar os ganhos, não posso colocar mais gente por falta de espaço”, observa. Mesmo sem a estrutura básica, ele iniciou a construção na área, estando na fase de alvenaria. Contudo, sem energia elétrica, não terá condições de funcionar, nem ao menos de construir o telhado da nova unidade. Ele diz que tem medo da atual administração não dar prosseguimento nesse empreendimento.
Em entrevista ao Jornal A TRIBUNA, Élio Rasia explicou que o esforço atual é para registrar a área comprada no nome da Prefeitura de Rondonópolis e, em seguida, fazer os registros das matrículas individuais. O procurador acrescentou que somente a partir do registro da escritura em nome da Prefeitura é que será possível dar andamento na implantação dos serviços de infraestrutura básica para o funcionamento do distrito. Ele acredita que a legalização da escritura vai demorar ainda uns 30 dias.
O microdistrito industrial de Vila Operária foi lançado para abrigar empresas como serralheria, marcenaria, locações diversas, fábrica de gelo, confecções, pequenas distribuidoras, indústria de telhas, entre outras de pequeno e médio porte.

Publicado no Jornal A Tribuna – 31/03/13.

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